terça-feira, 30 de junho de 2009

Santiago

Depois de Chiloe, fui directo a Santiago.

Confesso que por esta altura ja estava um pouco farto da America Latina, e a necessitar de uma mudanca cultural extrema - ponto negativo. Escusado sera dizer tambem que por esta altura tambem o dominio do idioma espanhol era praticamente completo (pelo menos no que toca a oralidade, escrito e outra coisa) - ponto positivo.

Santiago e uma cidade que consegue misturar muito bem duas realidades distintas. Por um lado a parte antiga, com edificios de 2 ou 3 andares, casas coloniais, lojas de rua, sujidade, pessoas de colarinho azul, carros a cairem aos bocados (as vezes parte da frente de um carro, parte de tras de outro, soldados!), carrinhos de madeira a fazerem de banca de rua, etc. Por outro, torres enormes, construidas principalmente em vidro e aluminio, centros comerciais, jardins arranjados, edificios restaurados, pessoas de colarinho branco, carros luxuosos em qualidade e quantidade, etc.

Embora nao seja Buenos Aires, nao deixou de ser uma surpresa agradavel, verificar a existencia de tantos contrastes. Uma coisa positiva que o Chile (ainda) tem comparativamente a Argentina e o facto de ser possivel discutir o preco dos transportes, o que permite economizar uns cobres, para lucro do motorista e cobrador. No Chile as pessoas tambem sao menos orgulhosas que na Argentina, o que gera situacoes mais agradaveis. Santiago tem um sistema de transportes muito bom, principalmente o metro que vai a todo o lado.

Um dos legados da era Pinochet foi a privatizacao da educacao, o que significa que no Chile, quem quiser andar na universidade, tem que pagar uns USD$4.500 ou USD$5.000 por ano (sim, dolares, nao e erro). Curioso este valor num pais de terceiro mundo, enquanto que os nossos estudantes em Portugal reclamam que tem que pagar €800 ou €900. Lamentavel. Talvez por isso, em paises como o Chile ou a Argentina, se veja tantos jovens a tentar arranjar o dinheiro para as propinas das formas mais criativas imaginarias, nao sao como os portugueses que reclamam, mas ficam a viver a custa dos papas ate... (sabe-se la quando). E ve-los nos semaforos a fazerem malabarismo, a venderem artesanato nas ruas, a darem concertos nos parques... e muitas vezes os materiais que utilizam nos objectos sao reciclados, o que ainda lhes da mais valor...

Jovem: es portugues, tens entre 18 e 22 anos, queres tirar um curso superior... deixa-te de ser parasita, deixa-te de reclamar sobre o valor das propinas que sao das mais baratas da europa e do mundo, deita-te de viver a conta dos papas e vai trabalhar! Poe essa cabeca a pensar em ideias criativas, formas de arranjar dinheiro (honestamente)!

Cachay?!

Zona nova da cidade, distrito financeiro
Vista panoramica da cidade, do Cerro de Santa Lucia
Muito raro, a mancha que se ve no horizonte nao e poluicao, sao os montes que circundam Santiago, mas que e dificil ve-los devido ao smog que costuma cobrir a cidade - foto tirada num feriado(aqui aparece em primeiro plano o Arquivo Nacional)
Palacio de La Moneda - local de trabalho da Presidente da Republica Michelle Bachelet (sim, uma mulher) (2 fotos)
Tribunal
Catedral MetropolitanaTeatro MunicipalBolsa de ComercioNa Plaza de ArmasFonte no Jardin de Santa LuciaMuseu Nacional de Bellas ArtesEx-congresso nacional (3 fotos)CorreiosAcademia DiplomaticaUma senhora a fazer/vender flores de rendaTodas os dias, ao fim de tarde e principio da noite, juntava-se uma imensidao de pessoas a jogar xadrez no coreto da Plaza de Armas: assim, sim, estimular o intelecto!Por vezes o coreto era tambem utilizado para espectaculos gratuitosTao fofinho: o senhor sem-abrigo, com um barrete de pai natal a oferecer abracosSe tudo fosse assim tao facil...Bairro de Bellavista, a zona boemia, fashion, new wave ... da cidade
(um exemplo a recrear noutras cidades?)Finger puppets, a montonQuem precisa de um corte de cabelo, na principal praca da cidade?

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